por Ingrid Lobato e Tody Macedo
Se não existia nada lá, porque sentir como se houvesse sido tirado algo?
não lhe pouparam nem o eco daquilo que já era inerte
inerte… dentro do mórbido…
ecoou o vento num vazio
como se já não bastasse a solidão de uma noite sem estrelas….
não me pouparam nem a tormenta do silêncio de um brisa cansada
só que não me restou nem o eco
hoje ressoa o silêncio e a solidão
parece que a história teve um fim
nas linhas apareceram um ponto
mas é no mais profundo silêncio que está mais alto barulho
assim como não há alegria sem tristeza, chuva sem sol… trevas e luz
assim é o silêncio… não existe sem o mais profundo barulho
Choro sem lágrima
é um choro de alma
sorriso sem lábios
um vazio sem….
amor? Sem sentindo? Inapto?
Porque?!
Porque tanta importância no vazio?
como saber se há algo se você não conhece o vazio?
lá no vazio é onde eu largo todos os meus demônios!
não seria ele que nos impulsionaria a busca de algo?
cada qual uma criação
talvez
o que nos impulsiona em si não é o vazio
mas a vontade de preenche-lo
é tão amplo… há tantos conceitos de vazios
há tantos tipos e vastidão
há muita ocupação de querer preencher todos.. e assim cumprindo a demanda vital